Dólar sobe após criação de vagas nos EUA acima do esperado em maio
O dólar subia em negociações agitadas nesta sexta-feira depois que dados mostraram que a criação de vagas de empregos nos Estados Unidos ficou acima do esperado em maio, mas um salto na taxa de desemprego limitava os ganhos.
A economia norte-americana abriu 339.000 vagas de trabalho fora do setor agrícola em maio. Economistas consultados pela Reuters esperavam abertura de 190.000 em maio, ante 253.000 em abril.
Apesar das fortes contratações, a taxa de desemprego subiu para 3,7%, de uma mínima de 53 anos de 3,4% em abril.
O índice do dólar DXY --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- subia 0,29%, a 103,840.
Na quinta-feira, o índice do dólar caiu 0,62%, sua pior queda diária em quase um mês, com a visão de que o Federal Reserve vai manter os juros neste mês, o que diminuiria o apelo do dólar para compradores estrangeiros.
Os mercados monetários estão precificando uma chance de aproximadamente 29% de uma alta em junho, contra quase 70% mais cedo na semana. (FEDWATCH)".
Mas as autoridades do Fed não estão descartando um aumento mais tarde, disse a estrategista de mercados do City Index, Fiona Cincotta.
"Acho que essa expectativa ainda pode manter o dólar sustentado", disse ela. "Além disso, não vamos esquecer que a inflação ainda está alta."
A aprovação pelo Senado norte-americano de um projeto de lei na noite de quinta-feira para suspender o teto da dívida e evitar um calote desastroso também removeu um pilar de sustentação do dólar, que paradoxalmente foi um dos principais beneficiários da incerteza por causa de seu status de porto seguro.
O euro EURUSD tinha queda de 0,32%, a 1,0727 dólar, abaixo do nível mais alto em cerca de uma semana, após um impulso na quinta-feira da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, que disse que é necessário mais aperto monetário.
(Reportagem de Hannah Lang em Washington; Reportagem adicional de Amanda Cooper e Dhara Ranasinghe em Londres e Kevin Buckland em Tóquio)
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))