No gráfico mensal, o price action do Banco BMG realiza visivelmente o padrão gráfico “Cunha Descendente de Alta”, na qual, no mês de maio de 2023, houve o efetivo rompimento da linha superior da cunha, confirmando o padrão gráfico em análise.
Sua projeção leva em consideração o forte movimento de queda ocorrido nos meses de janeiro, fevereiro e março, todos, de 2020. Assim, a projeção tem como o alvo em R$ 7,83.
A MMA-10 nos ajuda a confirmar o padrão gráfico em análise, da mesma forma que nos ajuda a confirmar a retomada da tendência de alta no longo prazo (gráfico mensal) tendo em vista que o price action do mês de maio de 2023 não só rompeu a linha superior da cunha, como também rompeu a MMA-10 para cima, nos antecipando a reversão de alta, sendo reafirmada pelo forte movimento de alta que se deu no mês seguinte.
Outro indicador importante a ser analisado é o IFR (Índice de Força Relativa). O IFR não só acompanhou todo o movimento de alta, nos ajudando a reconfirmar a reversão de alta, como se utilizou de sua própria média como suporte e segue apontado para ir para sua região de sobrecompra.
E, como estamos em uma situação de retomada da tendência de alta, foi traçada as linhas de “Porcentagem de Retração” para analisar possíveis regiões de resistência. Seu traçado tem como base a máxima e mínima histórica de BMGB4, em R$ 8,25 e R$ 1,87, respectivamente.
Observando as linhas laranjas do gráfico, portanto, vemos como possíveis resistências: R$ 3,99 (retração de 33%); R$ 5,06 (retração de 50%); e R$ 6,12 (retração de 66%).
Outra linha importante a ser observada é a Linha de Tendência de Baixa (linha branca do gráfico), traçada em função das máximas dos meses de março de 2020 e janeiro de 2021. Esta LTB também pode servir como importante resistência ao price action no futuro.
GRÁFICO SEMANAL
No gráfico semanal podemos ver a linha superior da cunha sendo rompida com mais detalhes. Observe-se que o movimento que se deu para retomar a tendência de alta e romper a linha superior da cunha nos revela outro padrão gráfico, qual seja, o “Pires”.
Tendo como base o price action a partir da semana do dia 09/01/2023 até os dias de hoje, sua linha de breakout é a máxima em R$ 2,31, ao qual ocorreu o efetivo rompimento na semana do dia 29/05/2023, confirmando o padrão gráfico em análise.
Outra linha de breakout, sob o mesmo padrão gráfico “Pires”, se dá na máxima em R$ 2,78. Na semana do dia 19/06/2023 houve o seu efetivo rompimento. Mas, o IFR já nos alertava, desde duas semanas antes, para uma possível correção à este movimento de alta, o que parece ter ocorrido a partir da semana do dia 26/06/2023.
Apesar deste movimento de correção à tendência de alta, a projeção do padrão gráfico “Pires” tem como alvo em R$ 3,69.
E é de se acreditar na continuidade da tendência de alta no médio prazo (gráfico semanal), tendo em vista que a cotação dos preços segue acima da MMA-10, ou seja, é indicador de continuidade do movimento de alta.
Portanto, no médio prazo (gráfico semanal), devemos ficar atentos para possíveis correções ao movimento de alta iniciado a partir do rompimento à linha superior da cunha descendente vista no gráfico mensal (podendo ser interpretado como um possível Pullback em direção ao ápice da cunha). Mas é de se acreditar na continuidade do movimento de alta.
GRÁFICO DIÁRIO (gráfico desta publicação)
No gráfico diário, o primeiro lembrete vem do gráfico semanal: o IFR chegou à sua região de sobrecompra na semana do dia 05/06/2023. Ou seja, devemos ficar atentos no gráfico diário para possíveis movimentos de reversão à tendência de alta.
Então, observando o price action a partir do dia 14/06/2023 até os dias de hoje, podemos ver que se formou o padrão gráfico “Triângulo Simétrico”.
Ainda não houve o rompimento das linhas deste triângulo, mas já nos mostra que a região entre os R$ 2,50 e R$ 3,00 é uma zona de indefinição, bem na região da linha de breakout do padrão gráfico “Pires” visto no gráfico semanal.
Logo, devemos ficar atentos para os próximos movimentos que farão o rompimento das linhas desse triângulo, pois indicará que haverá uma correção mais forte ao movimento de alta visto nos médio e longo prazos.
Detalhes para o “Engolfo de alta” do dia 21/07/2023, rompendo a MMA-10 para cima, indicando reforço de alta no curtíssimo prazo.
Conclusão: Gráfico mensal: alta; Gráfico semanal: alta, com possível correção; Gráfico diário: alta, em zona de indefinição.
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
Primeiramente uma análise aos indicadores de valuation que considero importantes de serem vistos:
O Banco BMG é uma companhia perene, foi fundada em 1930.
Seu P/L (razão preço sobre lucro) está em 17,89 – acima dos 15,00 que considero ideal. No entanto, seu P/VP (razão preço sobre valor patrimonial) é de 0,40 – estando abaixo dos 1,50 que considero ideal.
O valor intrínseco de BMGB4 é de R$ 5,02 (LPA = 0,16; VPA = 6,99). Ou seja, comparado à cotação atual, o ativo pode ser considerado para compra, tendo em vista que se encontra abaixo de seu valuation.
A companhia tem condição financeira suficientemente forte? Em seu balanço patrimonial de 2022, o Banco BMG não declarou o seu passivo circulante, nem seu passivo não circulante. Apenas o seu ativo circulante, para efeito desta análise está em R$ 620.990.000,00. Logo, não é possível afirmar, segundo esta análise, se o banco possui uma condição financeira suficientemente forte.
O Banco BMG tem estabilidade de lucros? Sim. Desde 2015 a companhia apresenta lucro líquido consistentemente em seus balanços.
O Banco BMG paga dividendos? Sim. Desde 2019 a companha paga rendimentos na forma de JCP, apensar de no último trimestre de 2023 ter decidido não distribuir rendimentos.
Conclusão Apesar de ser uma opção de compra para o médio-longo prazo em função de seu valor intrínseco ser maior do que a cotação atual do ativo, é de se ficar atento se a companhia continuará pagando rendimentos regularmente, conforme seu histórico indica, bem como para possíveis alterações em seu balanço patrimonial. E o seu P/L acima de 15,00 faz com que eu exclua BMGB4 da minha lista mensal.
O objetivo desta análise é encontrar ativos da bolsa de valores brasileira que passem por critérios de avaliação rígidos e objetivos a fim de ser um investimento que proteja o principal e nos traga resultados satisfatórios no médio e longo prazo. Lembrando que esta análise não é indicação de compra, muito menos sugere indicação de investimento. Ela apenas reflete o resultado de um estudo crítico da bolsa de valores frente aos princípios aprendidos até aqui e interpretação de critérios de avaliação de companhias listadas em bolsa.