Essa aqui é uma janela de quão mal foi nossa economia nos últimos 500 dias, onde nossa moeda está fraca e agora o aumento da taxa base estamos vendo um mercado tomando caminho de casa.

Em cima você vê o Índice Dólar Americano, onde mede o valor da moeda ante a uma cesta de diversas outras moedas. De forma prática e resumida, quando o DXY cai, normalmente as paridades USDxxx sofrem uma queda também, pois isso significa o Dólar perdendo valor ante a outra moeda de troca.

Abaixo, temos a paridade USDBRL, onde, quando o preço sobe é o dólar apreciando seu valor sobre o real, e o contrário é o Real ganhando valor sobre o Dólar. A janela de análise é de Fevereiro de 2020, o pré-crise, até o momento atual.

É possível notar que ambos os países adotaram o corte na Taxa de Juros, mês a mês até um patamar mínimo. Em três meses de corte dos Juros Americanos vimos o dólar engatando em uma tendência longa de desvalorização, que pode ser vista na primeira seta vermelha, onde o Dólar perdeu valor. O curioso desse ponto, é como o real segui perdendo valor, mesmo com sua paridade principal enfraquecendo, o que indica como nossa economia foi mal nesse período de Maio (20) a Janeiro (21). A seta branca mostra o momento que o real engatou uma tendência altista, firme e forte durante o ciclo de desvalorização do Dólar.

Em Janeiro de 2021, temos um ponto interessante para o dólar, onde ele parece ter encontrado um fundo e demonstra uma pequena estagnação (até o momento), enquanto isso o real segue na mesma, sem direção e sem ganhar vantagem sobre a moeda da paridade.

Em contrapartida, em Março de 2021 o Banco Central do Brasil decide aumentar as taxas de forma brusca e o preço engrena uma retomada da baixa durante o período de estagnação do Dólar.

O próprio Bacen considerava a taxa Selic baixa algo extraordinário, e com isso estimulo monetário mira manter a ancoragem das expectativas de inflação de preços no Brasil e mesmo assim ainda tivemos fortes impactos no atacado, IGPM e IPCA, mas isso deve conter a volatilidade do cambio. Uma taxa de juros ainda vai estimular o empresário a tomar empréstimo e também vai estimular o carrego também.

Ainda assim trago a atenção para a taxa americana definida na última reunião, que vem puxando o dólar com força para cima, evitando o real de se apreciar, parece que a taxa do FED foi mais forte que nossa taxa doméstica.

Será que essa tendência vai durar? As medidas de estímulos que os reguladores tomam sempre levam tempo para serem diluídas no mercado, ainda assim, sigo esperançoso que ao menos nesse semestre nossa moeda volte a tomar rédeas para os antigos patamares de alta de preços.

Este é um estudo pessoal e não recomendação de investimento. Negocie pelo seu próprio risco.

A taxa de juros é um preço, e como qualquer preço deve ser definida pelo mercado. Fernando Ulrich
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Este é um estudo pessoal e não recomendação de investimento. Negocie pelo seu próprio risco.
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